Preocupado, arrepiado, pelo que li
aqui, caminhei, para espairecer esteticamente por
este caminho e continuei, aconselhado, à procura de boa poesia e melhor ilustração. Fui desembocar
onde li (*):
Dependurado lá no fundo das suas vestes,
um delicado badalo no centro dum sino.
Mexe-se quando ele se mexe,
um peixe espectral numa auréola de algas prateadas,
os pêlos balançando na escuridão e no calor
- e à noite enquanto os seus olhos dormem,
ele levanta-se em louvor de Deus.
Percebi o que se passa em Espanha. E cá. O badalo (uma metáfora, evidentemente) de Ratzinger, agora guardado em Roma, badala. Continua a badalar. E manda. Demais. A querer impôr privilégios em imitação de "madrassa".
(*) - Poema de Sharon Olds, traduzido por Jorge Sousa Braga.
(Imagem: desenho-esboço de Leonardo Da Vinci)