Um dos mais famosos submarinos americanos, na 2ª Guerra Mundial e nas batalhas pelo domínio do Pacífico contra os nipónicos imperiais, chamava-se Besugo. É da história. Da história militar, entenda-se. E, tirando os japoneses, todos temos uma dívida de gratidão para com o Besugo. Não fosse até a voracidade que a todos assalta de devorarmos o que nos metem na frente, quando o estômago é quem mais ordena, devíamos dispensar atacar besugos fritos, a única forma comestível de engolir um peixe que tem mais olhos que chicha de lombinhos dorsais.
Pela sua natureza, o Besugo movia-se na água, sobretudo nas suas águas profundas, lançando torpedos, mas tentando evitar que a água nele entrasse. Porque o Besugo com água nas entranhas, nem caçava japas, nem voltava à superfície, muito menos lançava torpedos. Ficava-se feito túmulo de marinheiros bravos. A descansar, a descansar.
O Besugo teve sorte, nunca se afundou. Confiavam eles, os marinheiros do Besugo, nas sereias do Pacífico para lhe assegurarem um futuro seco por dentro e molhado só por fora, abanando as escamas feitas de torpedos. Torpedos bons, diga-se, porque os dos japas eram bem piores, tinham as formas das espadas dos samurais. E esses, sabemos, eram danados para cortar cabeças, com as manias dos domínios feudais a puxarem para o totalitário. Assim para o género de cruzados lorpas, de crucifixo do Buda ao peito, armados em mata-mouros.
OK Besugo, hoje, como peça de museu, é tempo de levares no coco. A seco, em terra seca, como te encontras, não há sereia que te valha. Escusas de teimar. O mar está azul. Mas, oxalá me engane. Como não podem perder os dois, que empatem
mazé...