Há quarenta e seis anos, repito:
quarenta e seis anos, estes dois homens, Fidel e Raul, mais outros quando jovens e barbudos, espalharam na sua terra e mundo fora a utopia da liberdade para os fracos.
Durante quarenta e seis anos, repito:
quarenta e seis anos, quase tantos como os da noite do fascismo que escureceu Portugal, estes dois homens, esta irmandade de ditadores, transformou a ilha que libertaram numa prisão da liberdade.
Passados quarenta e seis anos, repito:
quarenta e seis anos, os ditadores ainda se julgam eternos. Para eles, quarenta e seis anos de mando absoluto é nada comparado com a vontade infinita de mandar.
Apesar deste quarenta e seis anos, repito:
quarenta e seis anos, um povo é sempre mais que um ditador. Ou que dois ditadores. Mesmo que os ditadores sejam não só irmãos pelo sangue que lhes corre nas veias mas também pelo sangue das suas vítimas e que lhes sujam as mãos.
Liberdade e Democracia para Cuba!