Domingo, 20 de Novembro de 2005

PORQUE É DOMINGO?

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Porque é domingo, porque está de chuva, porque sim, porque não, por causa do Rei (que é rei por Franco), por causa do herdeiro Felipe (que é calmeirão), por causa da sucessora de Felipe que é filha de Felipe (sem se saber que prenda de mulher vai sair), dando uma volta pela blogosfera, quase tudo calou (por temor das inconveniências, simples respeito ou blogo-pausa dominical?) a assinalar os trinta anos decorridos sobre a morte de Franco.

Uma excepção foi dada pelo C.S.A. que nos leva até um excelente blogue hispânico onde se escreve:

“Se cumplen treinta años de la muerte de Franco. Según recientes estadísticas, más de un cincuenta por ciento de los españoles sienten indiferencia por el dictador.”
”Desde las más altas instancias se ha intentado borrar la historia de España de cuarenta años de dictadura. Muchos jóvenes apenas saben nada de Franco. Error.”
”Corrían los años cincuenta y yo, una niña, veía extasiada a mi padre "en su cuarto oscuro" manipular unos recipientes que contenían diferentes líquidos en los que iban apareciendo estos rostros que mi padre fotografiaba. Eran gentes de postguerra. Eran gentes humildes, analfabetas. No habían visto jamás una cámara. Pasaba horas enteras junto a mi padre. Me decía solamente: "No abras la puerta para que no entre luz".”


E revelam-se, como amostras excelentes, impressivas e imperdíveis fotos do após-guerra em Espanha (uma delas, aqui copiada). E que são retratos que nos mostram o estado em que Espanha ficou depois de meia dúzia de generais, apoiados por Hitler, Mussolini e Salazar, se levantarem em armas contra a República de Espanha, derrotando-a pelo ferro, pelo fogo e pela crueldade. Num estado tal que a nossa miséria lusitana chegou a ser luxo comparado com a miséria do povo espanhol. E ajuda também a entender a dimensão do reerguer espanhol e como, partindo de um estado destes, a Espanha teve genica, labor, artes e manhas, para, com a democracia (mais tardia que a nossa) e a União Europeia (ao mesmo tempo que nós), galgar por aí fora, até se tornar uma potência europeia, deixando o nosso "bem-estar" a fazer de primo envergonhado ao pé do desenvolvimento espanhol. Faltou-nos bater tão no fundo quanto eles?








publicado por João Tunes às 15:58
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De Carlos Indico a 20 de Novembro de 2005 às 17:48
Começaram a democracia mais tarde, mas o capitalismo começou nos anos 60.
Abraço


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