O grande sinal da aliança tripartida da ideologia do “Estado Novo” era dado, nas escolas, com o retrato de Salazar (depois, Marcelo) à esquerda, o de Carmona (depois, Craveiro Lopes; depois, Tomás) à direita, mais o crucifixo no meio. Era a consagração nacional-catolicista do regime. Desde a parede frontal, por cima do quadro, pretendia-se que a reverência perante aquela trilogia mandante e indiscutÃvel descesse directamente para as cabecinhas que não se queriam pensadoras.
CaÃda a ditadura há mais de trinta anos, o crucifixo continua pendurado em muitas paredes de salas de aulas, lembrando uma mancha confessional monopolista num estado timidamente laico.
Leio
agora:
“O Ministério da Educação está a enviar ofÃcios à s escolas onde existem crucifixos nas salas de aula, ordenando a remoção desses sÃmbolos religiosos.”Os vagares com que a laicidade timidamente vai marchando... E como custa ao clero abdicar dos “direitos adquiridos”. Mais dia, menos dias, temos por aà uma manifestação de sotainas espicaçadas pelo ardor de luta do Jerónimo.
De João a 30 de Novembro de 2005 às 14:22
Lendo os furibundos comentários da Cristina sou levado a recomendar a Sua Eminência que se livre da tentação de permitir o sacerdócio às senhoras. Esta, por exemplo, até podia calhar-me como Tatcher da minha paróquia. Livra! Pois é, a Igreja é como era o PCUS, se muda, rebenta!
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